‘Não fosse trágica, seria cômica’

abril 20, 2022

O ator Paulo Betti soma sua voz às dos artistas indignados com o possível uso da Lei Rouanet em prol da indústria armamentista

Cresce na classe artística o repúdio à iniciativa de a Secretaria Especial da Cultura, ligada ao Ministério do Turismo, destinar R$ 1 bilhão, via Lei Rouanet, à produção audiovisual pró-armas. Paulo Betti costuma expor suas críticas sempre que a sociedade corre o risco de sair prejudicada em relação a uma decisão ou posicionamento político. Pois o ator, um dos grandes da sua geração, soma sua voz às de outros nomes da sua classe.

– É uma ideia tão esdrúxula que, se não fosse trágica, seria cômica. É com esse tipo de pensamento, totalmente diferente do nosso, que temos de lidar atualmente – comenta ele por whatsapp com NEW MAG.

A ideia do uso da lei em prol da indústria armamentista foi aventada pelo então secretário de Fomento à Cultura, André Porciuncula, durante a Convenção Nacional Pró-armas, no dia 28 de março. Porciuncula estava ao lado do então titular da pasta da Cultura, o hoje candidato a deputado Mario Frias.

– Pela primeira vez vamos colocar dinheiro da Rouanet em eventos de arma de fogo. Vai ser superbacana isso – declarou ele.

Betti só vê uma arma para debelar esse tipo de pensamento: o voto, como declara a seguir:

– Então, só nos resta uma coisa a fazer: aguardar urgentemente as eleições de outubro e tirar todos esses malucos do poder.

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