Na batida do coco

dezembro 2, 2022

Caetano Veloso faz, na Jeunesse Arena, duas apresentações do show 'Meu coco', calcado no seu mais recente álbum

Em uma das faixas de “Meu coco”, lançado em 2021, Caetano Veloso decreta que “Sem samba não dá”. O mesmo pode ser dito em relação ao próprio artista, que completou 80 anos em agosto. Sem Caetano não dá. E ainda bem que o temos, inventivo e vigoroso, neste momento em que novos horizontes se abrem no Brasil.

O cantor e compositor faz no Rio de Janeiro, neste fim de semana, duas apresentações do show calcado no novo trabalho, que marcou sua volta ao repertório de inéditas desde 2012, quando lançou “Abraçaço”. As apresentações acontecem nesta sexta (02) e no sábado (03), na Jeunesse Arena , na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O show tem produção de Paula Lavigne e direção musical do próprio Caetano juntamente com Pretinho da Serrinha e Lucas Nunes.

O roteiro une as novas canções a músicas fundamentais na sua trajetória – e na História da música no Brasil. Tudo muito bem amarrado, como, no dizer do próprio Caetano, um “roteiro quase cinematográfico que nunca me abandona quando projeto um espetáculo”.

– Chego aos 80. A forma geral do show se deve também ao prazer da volta quase-pós-pandêmica aos palcos e a atenção à minha história nessa arte tão amada e bem cultivada pelos brasileiros – mesmo que minhas reservas quanto a meu talento para ela não tenham se desfeito – conclui o mestre.

Como o próprio Caetano cantou em 1978, ele sempre quis muito, mesmo que parecesse ser modesto. Que bom que Caetano assim o quis. Porque ele é mais do que muito; é vital.

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