“Dois”, LP lançado pela Legião Urbana em 1986, fez a cabeça de muitos jovens daquela época – e daqueles que vieram depois e se encantariam com o álbum. Felipe Vidal era um menino quando o disco foi lançado, mas sua audição foi arrebatadora – e o marcaria para valer. A ponto de merecer do hoje dramaturgo e diretor teatral uma homenagem 35 anos depois de tê-lo escutado.
A homenagem é “Dois (mundos) – Volume 1: Coração”, novo texto de Vidal que a Cia Complexo Duplo leva à cena a partir deste sábado (05), quando aporta no mezanino do Sesc Copacabana. No palco, 11 artistas, entre atores e músicos, que executam ao vivo as canções do roteiro.
A proposta é a de um documentário musical como a do trabalho anterior da trupe, “Cabeça”, inspirado em “Cabeça Dinossauro”, o clássico disco dos Titãs, com o qual ficaram um tempão em cartaz. E o novo trabalho tem tudo para ir pelo mesmo caminho.
A investigação surgida a partir de “Dois” é mais ousada: o espetáculo é a primeira das três etapas do projeto , centrado nas relações amorosas estabelecidas nas primeiras quatro faixas do álbum. E uma das canções é justamente “Eduardo e Mônica”, canção que voltou à baila em razão do longa homônimo, atualmente em cartaz nos cinemas.
“Dois (mundos” estreia neste sábado e pode ser assistido até 20 de fevereiro, de quarta a domingo, às 20h.