Ela tem nome de cantora e é chegada num rock – musicalmente falando. Maísa, atriz sensação nos meios digitais, se amarra em Los Hermanos. A influenciadora cantou “Ana Júlia”, hit que projetou o grupo no começo do novo milênio, no Rock in Rio. O acontecimento não se deu em nenhum dos sete palcos do festival, mas no espaço de uma empresa de telefonia móvel e uma das patrocinadoras do evento.
O local dispõe de uma banda com a qual os convidados podem soltar a voz num karaokê. E Maísa, ao saber da ação, não se fez de rogada e pediu aos músicos que a acompanhassem no rock-balada. Ela mandou bem? Pelos aplausos recebidos, sim.
O rock escolhido pela atriz mirim foi um refresco na programação do primeiro dia do festival, cuja tônica era o trap, subgênero do Rap. Mas o que se viu mesmo foi uma programação diversa que foi muito além dos rótulos e resumos usados pela grande imprensa acostumou-se. O público um sortimento daquilo que, em fins dos anos 1980, Renato Russo (1960-1996), então vocalista da Legião Urbana, ousou chamar de música urbana.
O funk fez-se presente com Kevin O Chris, artista ascendente da periferia, e com a Funk Orquestra, que recebeu convidados (ou feats como a garotada prefere) dos naipes de Rebecca e MC Sofia.
E a música eletrônica, mais presente a cada nova edição do evento, marcou território com o duo Cat Dealers. Os irmãos Djs Pedro Henrique e Luiz Guilherme Cardoso, botaram a galera para pular feito pipoca, fazendo jus à máxima do saudoso Dom Pepe, pai espiritual de todos – absolutamente todos – os DJs brasileiros.
E, como no supracitado blues da Legião Urbana, estavam todos ali. Música urbana…
Crédito das imagens: Miguel Sá, Júlia Bandeira, Oxy Dani e Demper
