O Prêmio da Música Brasileira voltou depois de quatro anos com a pompa que as grandes cerimônias podem proporcionar. Tapete vermelho repleto de estrelas, grandes apresentações, emoções à flor da pele e, claro, uma merecidíssima homenagem à Alcione. A premiação dirigida por José Mauricio Machline aconteceu na noite da última quarta-feira (31) no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
– Depois de tantas incertezas, de tantos caminhos fechados, de tanto receio que a gente tinha no futuro, é muito emocionante para mim, que estou aqui há 30 anos, ver o Theatro Municipal desse jeito. A receptividade é maravilhosa – declarou Machline, que agradeceu a parceria da empresária Heloisa Guarita: – Ela pegou na minha mão e disse ‘vamos’.
A apresentação bem humorada ficou por conta de Lázaro Ramos, Felipe Neto e Lilian Valeska – atriz que interpretou Alcione no teatro. Ela contava ao público curiosidades da história do Prêmio e da homenageada. Na plateia, Fernanda Montenegro, grande dama das artes cênicas, foi ovacionada. As atrizes Patricia Pillar e Stella Miranda estavam bem perto do palco e se divertiam a cada apresentação.
Passaram pelo tapete vermelho nomes como Juliette, Rafa Kalimann, Maju Coutinho, Ney Matogrosso, Lucy Alves, Jackson Antunes, Daniela Mercury, Fátima Bernardes, Regina Casé, entre muitos outros.
Chico Buarque venceu o prêmio de Melhor Canção com o single “Que tal um samba?”. Outros foram: Gilsons (Melhor Grupo de Pop/Rock e Melhor Projeto Audiovisual); Alceu Valença (Melhor Intérprete de Música Regional); Elba Ramalho (Melhor Lançamento Regional); Criolo (Melhor Intérprete de Música Urbana); Bala Desejo (Melhor grupo de MPB); Fundo de Quintal (Melhor Grupo de Samba); Diogo Nogueira, (Melhor Intérprete).
A emoção tomou conta da plateia no momento das homenagens póstumas. Elza Soares (1930-2022) venceu o prêmio de Melhor Intérprete. Sua neta Vanessa Soares e o amigo e empresário Pedro Loureiro receberam o troféu. Erasmo Carlos (1941-2022) e Marília Mendonça (1995-2021) também foram laureados com o Melhor Lançamento de Pop/Rock e como a Melhor Intérprete de Música Regional, respectivamente.
As apresentações embalaram o público. Destaque para os belíssimos números musicais de Maria Bethânia e Gloria Groove, que cantaram “O meu amor”, de Chico Buarque; Caetano Veloso que cantou “Onde o Rio é mais baiano”. Ferrugem e Péricles também fizeram o público aplaudir de pé a homenagem a Marrom com “Um ser de luz”.
A noite foi encerrada com a própria homenageada. Alcione agradeceu as reverências e abriu a sua apresentação com a música “Obrigado”. Ainda teve a interpretação de “Pagu”, lembrando a rainha Rita Lee (1947-2023) e a participação super especial de Pedro Sampaio e da bateria da Mangueira no hit “Não deixe o samba morrer” para fechar a noite em alto astral.
Crédito das imagens: Companhia da Foto e Filmart Media Content
