“Garota nacional”, “Vou deixar” e “Ainda gosto dela” são músicas que até hoje embalam baladas pelo Brasil e marcaram a trajetória do Skank. Todas elas têm algo em comum: a participação de Samuel Rosa nas suas respectivas autorias. Não por acaso, elas inspiraram o cantor, guitarrista e compositor a escrever novas canções para o seu disco de estreia na carreira solo. O aguardado álbum “Rosa” chega nesta quinta-feira (27) às plataformas digitais.
O título do disco foi cuidadosamente escolhido pelo artista. A ideia, mesmo que seja uma autoafirmação de seu próprio nome, é dar continuidade ao seu legado no pop rock nacional e fazer um rito de passagem para a nova fase.
— Eu não queria agora buscar compulsivamente fazer algo que eu nunca fiz. Quero exercer o que eu sou. Minha marca é meu patrimônio — comenta o cantor.
Samuel teve a ideia de fazer o álbum novo ao assistir à apresentação de Paul McCartney para uma plateia pequena em Brasília. Veio daí a ideia de não abandonar a sonoridade que o consagrou. E a decisão inspira ainda a gaiatice:
— Brinco que o Paul mandou por telepatia para mim: “Samuel, não invente, faça o que você sabe fazer”.
O processo para a criação das dez faixas do álbum foi chamado pelo artista de “composição induzida”. Entre janeiro e fevereiro deste ano, o músico se isolou no quarto de sua filha durante a manhã para escrever. À tarde, se encontrava com músicos de sua banda para trabalhar nas canções.
— Era disciplina mesmo, me comprometi a chegar todos os dias com uma música nova de tarde e mostrar à banda, ainda que fosse ruim, boa, média, sem julgamentos — conta Samuel.
O resultado: faixas em que prevalecem o som da banda, em que pouco se utilizou de tecnologias atuais para criar sonoridades, e que remetem às músicas de Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos (1941-2022), ídolos do artista. Entre elas, “Segue o jogo”, que já havia sido lançada como o primeiro single do álbum, “Rio dentro do mar”, “Flores da rua” e “Bela amiga”.
Crédito da imagem: Lorena Dini
