‘Minha luta é a de muitas pessoas’

novembro 11, 2023

No Mês da Consciência Negra, Juliana Alves fala de conquistas e salienta que falta ainda visibilidade aos artistas negros

Perseverança é uma das marcas na trajetória de Juliana Alves. Ela, que começou sua trajetória na TV como bailarina do “Domingão do Faustão”, teve sua imagem reconhecida em âmbito nacional ao participar, em 2003, da terceira edição do Big Brother Brasil. Mas foi na novela “Duas caras” que Juliana conquistou o respeito à atriz que ela é. E, desde então, trilha um caminho que corrobora seu talento e que serve de bússola a centenas de jovens negras que querem ingressar na TV.

A atriz reconhece suas conquistas, mas sabe que há ainda muito a ser feito. Neste Mês da Consciência Negra, ela faz um balanço sobre sua trajetória e ressalta que ainda falta muito para o artista negro ter no Brasil o reconhecimento que merece. Em especial no cinema, onde ela poderá ser vista em dezembro, no longa “O sequestro do voo 375”, de Marcus Baldini,  sobre o incidente ocorrido com um avião da Vasp em 1988.

– A representatividade do negro no audiovisual vem acontecendo gradativamente. Este ano estamos tendo uma situação muito emblemática e precisamos pensar de que maneira a gente consegue dar continuidade a ela. Não dá para acreditar que esse momento representa a grande mudança que a gente precisa – reflete ela.

Uma frase acompanha a atriz desde o começo de sua trajetória artística – e é usada por ela como um mantra: “nossos passos vêm de longe”.

– Gosto muito de falar essa frase porque ela representa muito a minha trajetória de vida. A minha luta é a de muitas pessoas, que tiveram um comportamento fora do padrão e que não era aceito socialmente, para que a gente chegasse aonde chegou.

E a atriz tem consciência do que fala. Para enfrentar o preconceito que saberia que enfrentaria após participar do BBB, não viu alternatição senão a de preservar sua imagem e a de meter a cara nos estudos.

– A carga foi um pouco mais pesada. Observei uma falta de conhecimento das pessoas e essa dúvida sobre o meu talento. Isso é algo muito comum com pessoas que estão começando, principalmente com uma pessoa negra e uma mulher vinda de um reality – arremata ela, disposta a encarar novos voos. E menos turbulentos, de preferência.

 

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