O príncipe Harry e Meghan Markle chegaram nesta segunda-feira (18) de mãos dadas à sede das Nações Unidas, em Nova York, para as celebrações do Dia Internacional de Nelson Mandela. Com um discurso bastante politizado, o príncipe reforçou ainda mais os rumores de que a duquesa de Sussex quer concorrer à presidência dos Estados Unidos.
Harry abordou temas como o legado de Nelson Mandela e de sua mãe, a princesa Diana (1961-1997), os perigos das mudanças climáticas e a pandemia de coronavírus, afirmando que esta está sendo “uma década dolorosa”.
– Estamos vivendo uma pandemia que continua a devastar comunidades em todos os cantos do globo; as mudanças climáticas estão causando estragos em nosso planeta, principalmente para os mais vulneráveis; poucas pessoas espalhando mentiras e desinformação às custas de muitos; e da terrível guerra na Ucrânia ao retrocesso dos direitos constitucionais aqui nos Estados Unidos – disse o príncipe, concluindo: – Estamos testemunhando um ataque global à democracia e à liberdade, as causas da vida de Mandela.
Ao falar de sua mãe, Harry relembrou a fotografia de um encontro entre a princesa e Nelson Mandela na Cidade do Cabo, em 1997. De acordo com ele, a foto lhe foi apresentada pelo falecido arcebispo Desmond Tutu (1931-2021).
– Quando olhei pela primeira vez para a foto, logo o que saltou à vista foi a alegria no rosto da minha mãe, a jovialidade, o atrevimento, até o puro deleite de estar em comunhão com outra alma tão empenhada em servir a humanidade – contou Harry emocionado: – Então olhei para Mandela. Aqui estava um homem com o peso do mundo nos ombros, solicitado a curar seu país dos destroços de seu passado e transformá-lo para o futuro.
O príncipe descreveu Mandela como “um homem que suportou o pior da humanidade, racismo cruel e brutalidade patrocinada pelo Estado”, e se referiu à África como um continente onde encontrou paz e cura.
– É onde me senti mais próximo de minha mãe e busquei consolo depois que ela morreu, e onde eu sabia que havia encontrado uma alma gêmea em minha esposa.
Os boatos de que Meghan Markle estaria de olho na Casa Branca começaram após a duquesa iniciar uma série de posicionamentos públicos sobre assuntos políticos, como a polêmica revogação do direito ao aborto nos Estados Unidos. No final de maio, Meghan também apareceu em público para prestar homenagem às vítimas do tiroteio na escola primária em Uvalde, no Texas. Ela visitou o memorial criado para lembrar as 19 crianças mortas e, emocionada, foi fotografada depositando um ramo de flores.