Ela é uma das nossas mais brilhantes compositoras. E, ainda por cima, é dona de um dos mais límpidos timbres dentre nossas cantoras. Joyce Moreno é aquela artista capaz de deixar ainda mais bonito aquilo que escolhe para seu, seja algo de outrem ou da própria lavra. O ano está só no começo, e a cantora e compositora tem muito a celebrar.
Ao longo de mais de 50 anos de carreira, a artista concilia uma agenda de apresentações que abarca temporadas no exterior, onde comumente se apresenta em festivais ou casas de jazz. E, em fevereiro, ela arruma as malas para uma temporada de oito apresentações a partir de 06 de fevereiro, no Jazz at Lincoln Center, em Nova York.
Joyce também vai gravar um novo álbum autoral, o primeiro desde o excelente “Brasileiras canções” (Biscoito Fino), de 2022. E ela pode muito bem dar pistas do que vem por aí nesta terça (21) e na próxima (28), quando encerra no Teatro Ipanema Rubens Corrêa sua participação no Terças no Ipanema, projeto capitaneado por Flávia Souza Lima.
“O mar é mulher” é uma das belezas que a compositora reserva para os shows que, como ela mesma diz, terão “uma sonoridade mais jazzística”. Sim, a autora sobe ao palco desta vez na companhia de dois craques: o baixista Jorge Helder e o baterista Tutty Moreno, seu companheiro de música e de vida conjugal.
O repertório terá ainda clássicos de nomes da sua geração (Chico Buarque) e de mestres que fizeram sua cabeça, como Tom Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980),numa prova do quão versátil é essa mulher. Recuse imitações.
Crédito das imagens: Isabela Espíndola (alto) e Vera Donato