
A frase “Seja marginal, seja herói” pode ser lida na instalação que serve de cenário a “Haddad e Borghi cantam o teatro, livres em cena”. A pensata, imortalizada em uma de suas obras por Hélio Oiticica (1937-1980), grande contestador do stablshment, vem (muito) bem a calhar quando se trata de Amir Haddad e Renato Borghi.
Esses dois artistas, verdadeiros artífices do que pode ser chamado de teatro genuinamente brasileiro, estão juntos em cena num encontro mais que esperado: histórico. O espetáculo, em cartaz no Teatro Adolfo Bloch, no Rio de Janeiro, marca também o fato de Eduardo Barata, produtor com longa folha de serviços prestados ao teatro, assinar pela primeira vez sozinho a direção de um espetáculo.
A montagem reuniu, na noite da última terça-feira (13), em sessão para convidados, alguns dos mais importantes nomes relacionados à arte de interpretar. Marieta Severo, Renata Sorrah, Tonico Pereira, Maitê Proença, Edwin Luisi e Analu Prestes foram aplaudir e reverenciar os dois mestres, merecidamente coroados em cena.
O evento foi prestigiado também por autoridades como a deputada federal Jandira Feghali – ferrenha defensora da Cultura como ferramenta transformadora da sociedade – e a secretária estadual de Cultura, Danielle Barros.
Créditos: Christovam de Chevalier (texto) e Cristina Granato (imagens)