A cerimônia de entrega do Oscar provoca sempre aquela ebulição de expectativas. E, na noite do último domingo (10), não foi diferente. Na medida em que os vencedores vão sendo anunciados, as opiniões se dividem entre contrárias e favoráveis. NEW MAG ouviu, na manhã desta segunda (11), o crítico de cinema Rodrigo Fonseca e o jornalista Marcelo Isaack, conhecedor de moda, sobre os pontos altos e baixos da festa, que, na sua 96ª edição, realizou-se em Los Angels, EUA.
“Oppenheimer”, o filme de Christopher Nolan sobre o cientista que inventou a bomba atômica foi o grande vencedor da cerimônia. O longa abocanhou simplesmente sete das 13 categorias que disputada, entre elas a de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Ator para Cillian Murphy. E tal consagração foi mais do que merecida para Rodrigo Fonseca:
– Considero “Oppenheimer” um dos dez filmes mais importantes do século XXI e o colocaria facilmente entre os maiores filmes de todos os tempos. Ele é uma síntese de História sob um viés sociológico dos meandros do poder. Acho essa vitória merecida e ela consagra a voz autoral do Christopher Nolan.
Um tema que rende muito debate são os looks das estrelas do cinema. Se Anitta causou ao surgir num longo da Fendi em que seus seios ficavam à mostra, a elegância e a sobriedade chamaram a atenção do jornalista Marcelo Isaack.
– Gostei dos looks da Charlize Theron, da Anya Taylor e da Lupita Nyong’o – elenca ele reconhecendo a seguir: – Foi uma noite sem muitas entregas de estilo. Restou mesmo enxergar o vazio e contemplar a falta de roupa do John Cena.
Sim, o lutador e rapper surpreendeu ao adentrar o palco nu em pelo, cobrindo sua genitália com o envelope. E a peça precisaria ser aberta uma vez que trazia o vencedor na categoria de Melhor Figurino. A performance do peladão é apontada por Rodrigo como a situação mais divertida da noite.
Mas nem tudo são flores. Os resultados dividem opiniões e podem ser, inclusive, considerados injustos. Para Fonseca, a grande bola fora da noite foi a premiação de Emma Stone como Melhor Atriz por “Pobres criaturas”.
– A vitória da Emma Stone foi para mim um erro. Acho que a atuação dela fica muito aquém do que se viu em relação a Lily Gladstone, que era a favorita, e da Sandra Hüller. Acho que foi uma bola fora, mas todo resultado incorre nesse risco de malversação – comenta ele.
No quesito derrapada, quem fez feio, segundo Marcelo Isaack foi a cantora Ariana Grande num longo rosa bufante. Para ele, com a escolha do vestido, a artista “perdeu a oportunidade de fazer jus ao sobrenome”. A cor escolhida suscita, aliás, outro comentário do jornalista:
– Achei as mulheres de um modo geral muito embonecadas e não sei se é um efeito Barbie. Senti falta de ver ali mulheres de verdade. Algumas delas parecem criadas por Inteligência Artificial.
Que venha, então, a cerimônia de 2025!
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