A cabeleira ainda era bem longa, diferente das madeixas atuais, mais curtas. A voz já era potente como se mantém até hoje. Estamos falando de Zélia Duncan, que, em 1997, viajava o país promovendo o repertório de “Intimidade”, lançado um ano antes. Pois os fãs da artista podem comemorar. O registro inédito de um show feito naquele ano, em São Paulo, foi resgatado e chega às plataformas em junho.
O show em questão, apresentado no Sesc Pompeia, em São Paulo, está agora eternizado no álbum “Zélia Duncan (ao vivo no Sesc 1997)”. O registro traz ainda a divertida entrevista dada por ela a um de nossos maiores jornalistas especializados em música: Zuza Homem de Mello (1933-2020).
Na época, ele conduzia o projeto “Ouvindo estrelas”, no qual entrevistava talentos da música antes de suas apresentações. O álbum, com o show e o bate-papo, vai ser lançado gratuitamente no dia 6 de junho na plataforma Sesc Digital.
– Lembro a minha entrada, daquele zumbido bom no ouvido, quando o público quer mostrar que te ama. Lembro o abraço no Zuza, lembro do quanto eu estava feliz – recorda a artista que, na época, recebeu o disco de ouro pelas 100 mil cópias vendidas do álbum “Intimidade”.
Grandes sucessos como “Catedral”, “Não vá ainda” e “Sentidos” fazem parte do repertório do show, recuperado pelo Selo Sesc. As versões de “Boomerang blues” e “Quase sem querer”, de Renato Russo (1960-1996), que ela gravaria no CD “Acesso”; “Am I blue for you“, de Joan Armatrading, gravada por ela no CD “Zélia Duncan”, e um trecho de “A cidade”, de Chico Science (1966-1997), também são faixas do álbum.
Crédito da imagem: Acervo Sesc Audiovisual / Nilton Silva