Embora tenha tido uma curta carreira musical, Jimi Hendrix (1942-1970) tornou-se um fenômeno além do seu tempo. O garoto tímido e sensível que nasceu na cidade de Seattle, em Washington, nos EUA, chegou ao sucesso de forma rápida, mas sucumbiu ao vício das drogas e perdeu a vida aos 27 anos. Mesmo com toda a fama, a verdadeira história de Hendrix é pouco conhecida. Para preencher esta lacuna, o jornalista Charles R. Cross lança a biografia “Jimi Hendrix: Uma sala cheia de espelhos” (Editora Seoman), que chega ao Brasil no mês em que o artista completaria 80 anos.
Conhecido por ser o biógrafo de Kurt Cobain (1967-1994), fundador, vocalista e guitarrista do Nirvana, Cross reúne, neste novo trabalho, mais de 300 entrevistas com respostas e curiosidades sobre carreira polêmica de Jimi Hendrix, considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos. O título do livro, inspirado na canção “Room full of mirrors” de 1968, por si só, já é uma provocação da múltipla personalidade do artista desvendada pelo jornalista americano.
Entre as histórias contadas, está a visita ao pai do guitarrista, Al Hendrix, nos anos 2000. Charles Cross viu uma peça de arte feita pelo músico, em 1969, que consistia na moldura com cinquenta pedaços de um espelho estilhaçado, engastados em argila. Al apontou que a obra era, de fato, a sala cheia de espelhos do filho, o que não deixou dúvidas sobre a complexidade do artista.
A pesquisa profunda também foi responsável pela redescoberta do túmulo da mãe do astro, Lucille Hendrix, além de informações inéditas sobre o verdadeiro motivo de sua saída do serviço militar. As mais diversas histórias de amor de Jimi também compõem a série de fatos do livro-reportagem que celebra o legado deste grande ícone da música do século XX.
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