Toni Platão é certamente a voz mais potente do rock brasileiro. Do seu surgimento na cena musical, ainda como vocalista do Hojerizah, à carreira solo trilhada a partir da década seguinte, Toni segue na música um caminho próprio, seja ele autoral ou corroborando o grande intérprete que é em obras como o álbum “Negro amor”, de 2006.
Toni não é (e nunca será) um cantor meia-boca. E muito menos um intérprete de meias palavras. E, por isso, sempre escolheu com maestria o que cantar. Prova disso é seu projeto mais recente, no qual recria pela primeira vez parte do cancioneiro de um único autor. E não um compositor qualquer, mas Herbert Vianna, o mais inspirado baladista da nossa cena roqueira.
E o fruto desse “casamento” é o show “O amor segundo Herbert Vianna”, O projeto começou timidamente no Manouche e foi, aos poucos, ganhando vulto, chegando a outros palcos, sempre deixando a plateia sem respirar, tal e qual os dois elefantes da canção de Herbert.
E o show aporta na próxima quarta (24), no palco do Blue Note Rio, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde o cantor terá a companhia da banda The Soft Parade. Na ocasião, Toni apresenta 19 canções, selecionadas de uma lista que, inicialmente, contou com 298 músicas, como ele conta ao NEW MAG:
– Esse número chegou a 172 músicas, caindo em seguida para 60, até eu chegar às 20 do show – diverte-se o artista, que, por se acompanhar em alguns números, simplificou algumas das harmonias: – Simplifiquei a rítmica e as harmonias porque não sou lá um violonista muito eficiente.
E o público há de relevar isso. Até porque a voz vai ocupar tudo e preencher eventuais vazios, sejam eles da sala ou do coração.