A Tropicália vai chegar à Academia Paulista de Letras. Tom Zé, um dos pilares do movimento que revolucionou a música brasileira, tomará posse na casa na quinta-feira (17). O cantor e compositor vai ocupar, aos 85 anos, a cadeira de número 33, vaga com a morte do escritor , humorista e apresentador Jô Soares (1938-2022).
A eleição de Tom Zé para a casa deu-se no dia 28 de setembro, quando ele angariou 32 dos 35 votos necessários. Uma homenagem a cantora Gal Costa (1945-2022) deve ser feita na ocasião da sua posse, quando, em se tratando do artista performático que ele é, o protocolo certamente será quebrado.
O artista nasceu em Irará, sertão da Bahia, e, após morar na capital baiana, fixou residência em São Paulo desde fins dos anos 1960, quando participou de festivais e seu nome ganhou projeção em âmbito nacional.
Autor de “Parque industrial” e “São, São Paulo”, lançadas em 1968, o compositor faz, ao longo da sua obra, referências à cidade que escolheu para viver e às transformações pelas quais ela passou ao longo dos anos.