Um dos grandes intérpretes da música brasileira, Ney Matogrosso mostra sempre que está mais ativo do que nunca. Aos 83 anos, ele segue como um dos artistas mais produtivos da sua geração. Neste início de 2025, não é diferente. Na próxima sexta-feira (10), ele lança o álbum “Canções para um novo mundo”, em parceria com a banda Hecto. Com a iniciativa, Ney mostra também a sua afinidade com artistas de outras gerações.
— A decisão de gravar um álbum com a Hecto se deu pelo repertório, que eu gostei muito, além de adorar o rock. As letras são muito contundentes, o que me chamou a atenção. Aí eu canto, porque não tenho restrição. E olha, a parceria vocal com o Gê é uma novidade. Eu tinha feito isso só com o Pedro Luís, lá atrás, em 2004. Pra mim, tudo isso é interessante e eu gosto dessas novidades artísticas. Gosto muito do resultado do álbum, muito mesmo — destaca Ney.
O artista se refere a Guilherme Gê, vocalista da Hecto, além de compositor e produtor das canções. A banda tem ainda Marcelo Lader nas guitarras.
O novo álbum conta com participações de Frejat, na faixa “Solaris”, da cantora Ana Cañas em “O amor vem antes de tudo” e do baterista Will Calhoun, da banda estadunidense Living Colour. Este último participou das faixas “Pátria gentil” e da mesma que Canãs. Já o Barão Vermelho Guto Goffi toca batera em “Monólogo”, parceria de Gê com Paulo Sérgio Valle e Sérgio Britto, este dos Titãs.
— Convidar Ney Matogrosso para gravar um álbum e dividir os vocais com ele em todas as faixas parecia ser impossível, mas trazendo o pensamento de uma canção nossa: “o sonho é o que toca a vida no mundo”. O sonho se tornou realidade, e a mágica aconteceu — celebra Gê, que completa, explicando a tônica do álbum: — Todos nós trazemos essa vontade de mudança, a natureza é mudança o tempo inteiro, assim como o universo. Um mundo onde cada um faz sua mudança interna, para que o todo também possa mudar. Esse é o novo que a gente quer.
Crédito das imagens: Marcos Hermes (Divulgação)