Único escultor egresso da Geração 80, como ficou conhecida a gama de artistas revelados em 1984 na EAV, Angelo Venosa (1954-2022) notabilizou-se pelo vigor e pela inventividade. Suas obras fizeram dele não somente um dos artistas mais interessantes do grupo que o projetou como um dos maiores escultores do país.
Se paira no ar alguma dúvida quanto a isso, ela certamente será dissipada na mostra “Angelo Venosa, escultor”, primeiro grande panorama do legado do artista. A exposição reúne na Casa Roberto Marinho, peças de grandes e pequenas proporções, selecionadas pelo curador Paulo Venâncio Filho, que sabiamente não quis seguir uma linha cronológica aos dispô-las pelos salões.
Muitas personalidades da vida cultural do país conferiram, na noite da última quinta-feira (24), a abertura da exposição, que ocupa o centro cultural, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio de Janeiro, até 12 de novembro.
As artes visuais estiveram muito bem representadas por nomes como Luiz Aquila, Waltércio Caldas, Beth Jobim, Daniel Senise e Beatriz Milhazes. A diva pop Fernanda Abreu, o arquiteto Luiz Eduardo Índio da Costa e as atrizes Regina Casé e Giulia Gam também conferiram a abertura.
Num dado momento, o nome do artista foi proferido pelos amigos, como se repetissem um mantra. “Angelo, Angelo, Angelo” foi seguido de uma salva de palmas, levando Sara Venosa, viúva do artista, a ficar especialmente emocionada. Angelo certamente achou um barato.
Crédito das imagens: Selmy Yassuda