Uma cidade que é sinônimo de vanguarda – e berço de importantes movimentos artísticos como a Semana de 1922 – tem de comemorar seu aniversário comum cardápio variado de atrações culturais. Foi assim nos 471 anos de São Paulo, celebrados ao longo do último sábado (25), com uma série de festejos. Um deles promovido pelo MASP, um dos mais importantes museus da América Latina, que deu ao público a oportunidade de conhecer em primeira mão o Edifício Pietro Maria Bardi, anexo ao museu.
O mais novo espaço dedicado a exposições naquela capital será oficialmente inaugurado no fim de março, mas, ao longo do aniversário da cidade, alguns de seus andares receberam performances artísticas e atividades culturais de diferentes estilos. Um deles, a dança. E a Studio3 Cia de Dança não poderia ficar de fora desta celebração.
A companhia fez duas apresentações de uma versão compacta de “Bolero”, espetáculo ainda inédito e com o qual a Studio3 vai celebrar efemérides relacionadas a dois importantes nomes da música: os 150 anos de Maurice Ravel (1875-1935), autor do célebre bolero que dá título ao espetáculo, e os 150 anos da morte de Georges Bizet (1838-1935).
No 9º andar do prédio, 16 bailarinos da companhia apresentaram fragmentos do espetáculo, que conta com direção cênica de Jorge Takla e coreografias e direção artística de Anselmo Zolla.
E não ficou só nisso. Cartas trocadas entre a arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992), autora do projeto do MASP, e seu marido, Pietro Maria Bardi (1900-1999), primeiro diretor artístico do museu, foram lidas pelos atores Isabel Teixeira e Mateus Solano. O evento contou ainda com apresentações musicais dos grupos Barbatuques e Bixiga 70.
E a festa contou com um sortimento de atrações que é a cara da aniversariante, uma cidade que chega aos 471 anos vigorosa e fervilhante.
Crédito das imagens: Leandro Menezes