“Vida da minha vida, peço ao meu Protetor/Se for para ser vivida, diga para onde eu vou”… E Moacyr Luz faz jus aos versos daquele que é um dos seus mais célebres (e belos) sambas. E lugares para onde ir (e coisas a se faze) não faltam ao bamba, um dos mais importantes nomes do samba no país.
Moa, como é carinhosamente tratado pelso amigos, está a mil. Tendo parceiros de diferentes gerações – e o mais importante: segmentos – na música, ele prepara o lançamento de projeto em parceria com Gabriel Moura, talento do funk e da música pop. O nome do EP, com previsão de lançamento para este ano, não poderia ser mais sugestivo: “Moa + Moura”.
E a lista de planos e projetos inclui ainda um álbum para celebrar os 20 anos do “Samba do Trabalhador”, bem-sucedida roda de samba comandada pelo compositor na zona Norte do Rio de Janeiro. O projeto terá participações de grandes nomes do segmento que passaram por lá ao longo dessas duas décadas.
Pensam que acabou? O artista prepara-se para encarar, em julho, uma temporada de apresentações na França, aproveitando o verão no Hemisfério Norte. O carinho do público francês pelo compositor motiva ainda um EP com versões de alguns de seus sambas para a língua de Charles Aznavour (1924-2018).
– Há 15 anos fui diagnosticado com Parkinson e passei a trabalhar movido pela urgência e pelo medo de morrer. Hoje, faço tudo movido pelo prazer de viver – avalia o compositor ao NEW MAG.
E, como rez outro verso de “Vida da minha vida”, algo o enfeitiçou. Que ele continue então sem saber a medida. O que importa é que seja avassalador, como muitos de seus sambas.
Créditos: Christovam de Chevalier (texto) e Leo Aversa (imagem)