Exemplos inspiradores

dezembro 5, 2024

Alcione é a grande homenageada do Prêmio InspiraRio, que contemplou nomes e iniciativas dignas de aplausos

Natural que uma premiação que traz o Rio no nome seja tão diversa e democrática quanto a cidade que a inspirou. Assim é o InspiraRio, prêmio idealizado pela Band e pela Band News FM. A cantora Alcione foi a grande homenageada da noite, que, na sua quinta edição, agitou, na última quarta-feira (04), o Roxy Dinner Show, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

O premio contemplou dez escolhidos num total de 30 concorrentes em categorias (três em cada) como Empreendedorismo (Daniel de Jesus), Gastronomia (grupo Best Fork) e Atuação Social em Favelas, dado ao projeto Samba Educa.

Às 19h, o hall da casa, inaugurada em 1938 como um cinema, já fervilhava com personagens de segmentos que iam da TV à moda, passando pela política, negócios e empreendedorismo, todos reunidos ali pelo casal de empresários e promoters Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho.

A noite foi aberta com o choro “Rio antigo” (Chico Anysio e Nonato Buzar), clássico do repertório de Alcione interpretado por Roberta Ribeiro, uma das cantrizes (a outra era Lilian Valeska) de “Marrom, o musical”, com que a diva  foi homenageada em 2022. No palco, um trio sob o comando do sempre competente pianista e arranjador Leandro Braga, num sinal de que a noite seria suntuosa. E foi.

Findo o número, os jornalistas Rodolfo Schneider e Cynthia Martins assumem o comando, anunciando a primeira categoria da noite, Cultura. E quem levou a melhor foi outra grande dama das artes: Zezé Motta, que completou este ano oito décadas de vida. “Deixei a modéstia de lado e parei com esse negócio de dizer que não precisa (me homenagear). Precisa sim. Adoro”, declarou a cantriz sob aplausos.

A noite reservou ainda merecida homenagem a outro grande nome, desta vez do Jornalismo. Fernando Mitre, diretor nacional de Jornalismo na emissora, onde ingressou nos anos 1990.  Sempre discreto, ele foi pego de surpresa levando Schneider a brincar: “Não sei se vou estar empregado amanhã”. Mitre levou de boa e foi sucinto nos agradecimentos: “Escrevo melhor do que falo”.

Os estilistas Patrícia Vieira e Felipe Veloso, que concorriam na categoria Moda, dividiram a mesma mesa numa demonstração de que amizade e civilidade estão acima de qualquer disputa. Quem levou  foi Maria Rita Magalhães Pinto, da Maria Filó, que recebeu o troféu das mãos de outra importante presença feminina: a supermodelo Luiza Brunet.

Falando em presença feminina, a ausência sentida foi a medalhista olímpica Rebeca Andrade, vencedora na categoria Esportes. A ginasta compensou com um vídeo no qual esbanjou simpatia, e o prêmio foi recebido por seu treinador, Francisco Porath, num terno de caimento impecável.

A edição deste ano inovou ao incluir uma nova categoria: Heróis do Rio. O páreo entre os três concorrentes era duro, e quem venceu foi Diego Mendes, o mototaxista que socorreu omenino Davi Giovanni Guimarães após o acidente sofrido com um ônibus em São Cristóvão, Zona Norte da cidade. “Não deixem de fazer coisas boas”, arrematou ele.

E coisas boas não faltaram. Sentadinha na fila do gargarejo, Alcione subiu finalmente ao palco. E como não poderia deixar de ser, cantou. O tema escolhido foi proposto por Ferrugem, vencedor na categoria Música. E, juntos, mandaram ver em “Gostoso veneno”, de Wilson Moreira e Nei Lopes.

E nesse clima malemolente a noite terminou, com o público sorridente esvaziando a sala de espetáculos. Uma delas era a ainda exuberante Andréa Dellal. Quando trabalhou como modelo na Europa, em idos dos anos 1970, ela inspirou uma canção sobre uma garota chamada Rio.

E todos ali eram um pouco como Andréa. Quem não tem Rio no nome, o tem no coração.

Crédito das imagens: Eny Miranda

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