Sim, teve cantoria. E não poderia ser diferente em se tratando de uma das nossas maiores cantoras. Foi ao som de “O que é, o que é”, de Gonzaguinha (1945-1991), que Maria Bethânia encerrou, na noite da última sexta-feira (15), a cerimônia em que lhe foi concedido o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará (UFC). O evento, realizado na Concha Acústica da Instituição, estava lotado de fãs da artista e foi acompanhado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e pelo governador do Ceará, Elmano de Freitas.
O reitor da instituição, Custódio Almeida, quebrou o protocolo ao sugerir que Bethânia colocasse sobre a própria cabeça o chapéu de doutora. – Afinal, uma rainha coroa a si própria – justificou. No seu discurso, a artista salientou seu papel de trabalhadora e a importância de mais mulheres serem reconhecidas com a honraria:
– Agradeço mais uma vez, mas acrescento que estou aqui em primeiro lugar como mulher. Digo isso a fim de marcar a necessidade sempre urgente de ampliar o lugar das mulheres na sociedade civil brasileira. E mais: estou aqui como trabalhadora, como uma das muitas deste imenso, formidável e difícil país.
Com a homenagem, Bethânia junta-se a outras mulheres notáveis da nossa Cultura como as escritoras Rachel de Queiroz (1910-2003) e Ana Miranda. O título é o terceiro recebido pela cantora, como noticiado aqui.
A cerimônia aconteceu na véspera da apresentação do show da turnê “Bethânia e Caetano” em Fortaleza. Os dois artistas cantam, neste sábado (16), na Arena Castelão. NEW MAG apurou ainda que, de lá, Bethânia segue para Salvador (BA), onde fica até a apresentação do show com o irmão naquela capital.
Crédito das imagens: Ismael Soares\Reproduções (instagram)