‘Este prêmio é de cada um aqui’

março 26, 2025

Renato Aragão é homenageado por Fábio Porchat na edição carioca do Prêmio do Humor
Talentos: Renato Aragão e Fábio Porchat

Eram exatamente 20h30m quando, na noite da última terça-feira (25), Renato Aragão entrou no Teatro I Love Prio, no Rio de Janeiro. O Eterno Trapalhão chegava para a cerimônia do Prêmio Prio de Humor, na qual foi homenageado. Com ele, a mulher, Lílian, e a filha, a atriz Lívian Aragão. Se ele achava que sua chegada seria despercebida, ledo engano. O comediante foi recebido com uma salva de palmas que foi ganhando vulto com todos os presentes de pé.

Esta foi a deixa para o início da cerimônia da principal premiação voltada ao humor no país. “Perguntam muito a nós, comediantes, qual o limite do humor… Ninguém pergunta a Laura Cardoso qual o limite do drama?”, protestou – com fairplay, claro – Fábio Porchat, responsável pela premiação e apresentador da noite, que contemplava cinco categorias somente.

E, justo por isso, a cerimônia foi rápida. E, ao longo de uma hora, os troféus foram entregues aos vencedores em categorias como Melhor Texto (Florencia Santángelo), Especial (Toni Rodrigues, pela preparação corporal de Mateus Solano em “O coadjuvante”), e Melhor Direção, que contemplou a dupla Junior Mello e Wellington Fagner, diretores de “Grande acordo internacional do Tio Patinhas”, de Augusto Boal (1931-2009), importante nome do nosso teatro.

Mas quem foi à forra mesmo foi a equipe de “Na rua,na chuva, na fazenda”. O musical, idealizado por Tauã Delmiro,foi contemplado em duas categorias: Performance, dado a um emocionado e incrédulo Vitor Maia (“Estava ferrado quando fui chamado para fazer este espetáculo”), e Melhor Espetáculo. E, a cada conquista, urros eram brandidos pelo elenco numa demonstração de que, no dizer de Chapolin Colorado, eles não contavam com a própria astúcia.

Entregues os troféus,era era a hora da esperada (e merecida) homenagem a Renato Aragão. O momento foi precedido por Lívian, sua filha, que, chamada ao palco, lembrou o momento em que se deu conta de quem era seu pai.

– Estávamos no elevador de um shopping quando uma mulher caiu em prantos ao vê-lo. “O que você fez para esta mulher, pai?”, perguntei – recordou a atriz reconhecendo em seguida: – A partir do momento em que soube o que ele fazia virei sua fã número 1.

– Esse prêmio é de cada um de vocês —compartilhou, generoso, o homenageado ao receber a escultura de Porchat, sendo novamente ovacionado por artistas (muitos deles humoritas) de diferentes gerações, reunidos pelos promoters e empresários Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho.

Do alto de seus 90 anos, o eterno Didi Mocó atestou sua majestade em pequenas peraltices como a de usar o microfone virado pelo avesso. E a galeria da(s) poltrona(s) se esbaldou de rir como se estivesse diante da TV no início da noite de domingo.

Não de um domingo qualque. Não quando se tem Renato Aragão.

Créditos: Christovam de Chevalier (texto) e Roberto Filho (imagens)

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