O longa-metragem “Ainda estou aqui”, estrelado por Fernanda Torres e dirigido por Walter Salles, ainda rende frutos importantes para a imagem do Brasil no exterior. O filme entrou para a seleta lista dos 15 pré-selecionados na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar. A disputa agora é para ficar entre os cinco indicados de fato na premiação, num resultado que será anunciado no dia 17 de janeiro.
A última vez que um filme brasileiro figurou nesta lista foi em 2007 com “O ano em que meus pais saíram de férias”, de Cao Hamburguer. Já a última indicação na categoria, chamada de Filme Estrangeiro na época, foi com “Central do Brasil”, em 1999, também dirigido por Salles.
— Essa é uma escada longa, cada degrau que a gente sobe é um milagre que não se repete, e cada etapa, um alívio quando a gente passa. Este é um ano muito difícil, com filmes muito bons, e só de estar na shortlist já é uma grande coisa — celebra Fernanda Torres.
A atriz viaja em campanha para a indicação do filme em diferentes premiações. “Ainda estou aqui” também concorre no Globo de Ouro a Melhor Filme em Língua Não Inglesa, e Fernanda Torres, na categoria Melhor Atriz em Filme de Drama.
O longa ainda ganhou o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no New Mexico Critics Awards 2024, além de ser indicado na categoria Melhor Filme Internacional para o Satellite Awards.
O filme é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e conta a história de sua mãe, Eunice Paiva (1929 – 2018), viúva do deputado Rubens Paiva (1929 – 1971), interpretado por Selton Mello. No início dos anos 1970, durante o endurecimento da Ditadura Militar no Brasil, o político foi assassinado e seu corpo nunca encontrado.