Desde que despontou na cena musical com o álbum “Ojunifé”, em 2021, a baiana Majur trilha um caminho que a colocou entre os grandes novos talentos da música. Tal resultado é fruto de dedicação e perseverança. E a artista galga outros postos importantes. Ela abre, nesta sexta (07), o Presença Festival, que, ao longo de duas noites, levará ao Circo Voador, na zona central do Rio de Janeiro, artistas que levantam bandeiras da Diversidade e do respeito às diferenças. Majur, que dividirá a primeira noite com Luedji Luna e com N.I.N.A, fará um show em que revisita suas origens e as propostas que levaram-na a seguir na carreira artística.
– Busco fazer uma viagem de “Ojunifé”, meu primeiro álbum, até “ARRISCA”. As pessoas vão conseguir sentir o que foi esse processo para mim, afinal, vamos tratar de espiritualidade, motivação, sonhos e espero impactar o público com uma mensagem forte de autocuidado e amor – planeja a artista.
O momento é benfazejo e já possibilita a colheita de bons frutos. Um exemplo disso está no fato de ela participar, em setembro, de duas noites do Rock in Rio, que, este ano, antecipa-se às celebrações pelos 40 anos do festival, cuja primeira edição aconteceu em 1985. A artista vê a abertura de espaços a artistas como ela como uma propensão para que mais mulheres negras participem de grandes festivais país afora.
– É uma oportunidade incrível de esta, desta vez, num festival que potencializa imagens de mulheres pretas que estão trabalhando hoje na música, no corre-corre diário, na transformação da sociedade através da reflexão e das canções – celebra Majur revelando suas expectativas para sua apresentação: – Vai ser uma edição histórica e com a visibilidade que precisamos há muito tempo no que se refere à diversidade e à cultura no nosso país.
E que ela, fazendo jus ao significado de “Ojunifé”, não perca esse olhar amoroso sobre seu ofício – e sobre o público que a consagra. Axé!