Quem chega ao Brasil na próxima terça-feira (25) é o diretor e produtor Rodrigo Areias, um dos mais importantes da sua geração no cinema português. Ele vem integrar o júri da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que, na sua 46ª edição, vai exibir 223 filmes entre 20 de outubro e 02 de novembro. Três dos documentários produzidos por ele serão exibidos no festival: “Kinorama” (de Edgar Pêra), “Distopia” (Tiago Afonso) e “Objectos de Luz” (da dupla Acácio de Almeida e Marie Carré). As produções estarão fora do páreo competitivo.
Participar do festival como jurado é um desejo antigo do diretor. Tal vontade sempre foi impossibilitada pelo fato de seus filmes competirem em edições anteriores do evento. Outro fator que deixa Areias entusiasmado é o de voltar, num futuro próximo, a realizar produções entre seu país e o Brasil, o que foi prejudicado pelo desmonte nos investimentos públicos no setor do audiovisual:
– O festival é, para nós, muito importante, não só porque é a nossa entrada privilegiada no mercado brasileiro de distribuição cinematográfica, mas também dada a relação entre Portugal e Brasil, e a forte cooperação e coprodução entre os dois países. Coprodução que tem estado interrompida face às alterações de política cultural, mas que, acredito, mudará em breve.