Um filme que leva o espectador para o início dos abomináveis anos da Segunda Guerra Mundial ao mesmo tempo em que propõe uma comparação com a realidade da política brasileira atual. É esta a narrativa do longa “Paixões recorrentes”, da cineasta Ana Carolina, que estreou na última quinta-feira (18), no Estação Itaú Arteplex, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Antes de entrar em cartaz, o longa passou pelos festivais de Rotterdam, na Holanda; Ficunam, no México, e conquistou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Madri. A história trata de imigrantes de diversos lugares do mundo que, fugindo da guerra, chegam ao Brasil.
– As paixões do título se referem a todas as paixões… inclusive às políticas…e a morte das utopias e das ideologias, que hoje vivemos, podem até resultar na recuperação da nossa saúde política e social – explica a cineasta, que se vê como uma pessoa contrária às ideologias: – Elas acabam no fascismo, em situações autoritárias, em demonstração de grande poder, em confusões arbitrárias que, até caírem no esquecimento, geram desastres irrecuperáveis.
O longa conta também com atores estrangeiros, como o português Pedro Barreiro e a francesa Thérèse Cremieux, e a pré-estreia contou com parte do elenco brasileiro, além de convidados.
Crédito das imagens: Eny Miranda