Jorge Rodríguez-Aguilar nasceu em Barranquilla, na Colômbia, mas, desde 1998, escolheu o Rio de Janeiro como a sua casa. Em seu trabalho como escultor, o artista faz uma ponte entre a arte contemporânea e a cultura popular e tribal. Com obras presentes no MAM Bogotá, MAM Cartagena e em coleções na Europa e nos EUA, o artista estreia nesta quarta-feira (30), no Paço Imperial, Centro do Rio de Janeiro, a mostra “Soluções alternativas para um futuro incerto”.
Com a curadoria do crítico de arte Marcelo Campos, Aguilar apresenta quatro instalações que tratam de rituais latino-americanos e misturam saberes indígenas, africanos e europeus, como também questionam a apropriação colonial que marcou a exploração da natureza através das práticas extrativistas. Em uma sintonia do Brasil com a Colômbia, a pesquisa estética da mostra apresenta-se como uma nova forma de conectar fronteiras, que, muitas vezes, foram afastadas pela diferença de colonizações. Entre os materiais utilizados nas esculturas, o artista junta elementos da natureza com peças do cotidiano que somam a construção da narrativa.
– Nesta pesquisa, procuro uma bricolagem de elementos que de uma forma ou de outra simbolizem, descrevam e transmitam a força da natureza por meio de uma linguagem poética e contemporânea da arte – explica Jorge.
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