Antológica certamente é o adjetivo mais adequado para a noite de abertura do Universo Spanta, festival que aporta no Rio de Janeiro, na noite da última sexta-feira (05), e que fica na cidade ao longo do mês. A noite de estreia promoveu encontros que ficarão na memória afetiva do público. Um deles – e certamente o mais emocionante – foi o das cantoras Simone e Maria Gadú, que nunca haviam cantado juntas.
A Cigarra apresentou o show “Tô voltando”, com que celebra seus 50 anos de carreira, quando surpreendeu o público com uma canção que não faz parte do roteiro. A música em questão é “Shimbalaiê”, que tornou a voz e o nome de Gadú conhecidos em âmbito nacional.
Com a deixa, a jovem cantora entrou em cena para uma série de duetos que incluíram ainda “Odara”, do repertório de Caetano Veloso (e do show feito por Gadú com o compositor), além de clássicos do repertório de Simone como “Encontros e despedidas” (Milton Nascimento e Fernando Brandt), “Iolanda” (versão de Chico Buarque para o bolero de Pablo Milanés) e os sambas “Tô voltando” e “O amanhã”, este muito presente nos shows da Cigarra.
Outro (re)encontro marcado e marcante foi o de Adriana Calcanhotto e Rubel. A artista mesclou na apresentação canções de “Errante” com clássicos lançados ao longo de sua valorosa carreira. Com Rubel (elegantérrimo num terno rosa), a dupla atacou de “Mentiras”, “Cantada (depois de ter você)”, “Pra lhe dizer” e “Posso dizer”, esta do repertório dele.
Crédito das imagens: Flávia Souza Lima