A cantora lírica Renata Tebaldi (1922-2004) conseguiu algumas proezas. Uma delas foi ter sido considerada, juntamente com Maria Callas (1923-1977), uma das mais belas vozes de sua geração. Outra delas foi ter sido a única cantora capaz de fazer a supracitada Callas tremer nas bases – nas vocais, sobretudo. Essa cantora extraordinária já se apresentou algumas vezes no Brasil. E terá seu centenário festejado, nesta terça-feira (25) – Dia Mundial da Ópera – num dos palcos que a consagraram: o do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
“Renata Tebaldi e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro” vai saudar a memória do soprano através de trechos de oito das nove óperas apresentadas por ela naquele palco. As árias serão acompanhadas pela Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) que, na ocasião, será mui apropriadamente regida por uma mulher: a maestrina Priscila Bomfim.
As árias serão interpretadas por Flávia Fernandes, Ludmilla Bauerfeldt, Marianna Lima e Tatiana Carlos. As quatro vão se revezar entre trechos de óperas como “Aída” e “La traviata”, ambas de Verdi; “Tosca” (Puccini) e “Andrea Chénier” (Giordano), cuja ária “La mamma morta” tornou-se popular a partir do filme “Filadelfia”.
No mesmo dia, pela manhã, acontecerá o Ópera em Pauta, encontro do Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto, que, pela primeira vez, será realizado fora de São Paulo, com representantes de todo o país.