O terceiro dia do Festival do Rio foi uma verdadeira maratona cinematográfica que reuniu centenas de astros e celebridades em tapetes vermelhos pelos cinemas da cidade. Os filmes “‘Maré alta”, “Manas”, “O nascimento de H. Teixeira”, “3 Obás de Xangô” e “Virgínia e Adelaide”, ganharam estreia de gala no circuito nos cinemas Estação NET Gávea, Estação NET Botafogo, e Cine Odeon, no último sábado (5/10).
A noite foi mais que especial para o casal Marco Pigossi e Marco Calvani. Os dois assistiram à exibição do filme “Maré alta”, dirigido por Calvani em sessão de gala, no Estação Net Botafogo, com presença de convidados especiais, como as atrizes Bianca Comparato, Fabiula Nascimento, Bárbara Paz, entre outros. O longa todo encenado em inglês já havia participado de festivais nos Estados Unidos e agora chega ao Brasil. E é o próprio Pigossi que interpreta o protagonista que vive um dilema como imigrante brasileiro no país. Prestes a ter o seu visto vencido, ele é abandonado pelo namorado, mas descobre um novo amor.
No Estação NET Gávea, o tapete também ferveu com títulos icônicos. Depois de conquistar um importante prêmio em Veneza, Marianna Brennand realizou a première nacional de ‘Manas’ no Festival do Rio. O primeiro longa de ficção da cineasta conta a história de uma adolescente da Ilha de Marajó, que decide confrontar a engrenagem violenta que rege a sua família e as mulheres da sua comunidade. Por lá, passaram nomes ilustres como Lázaro Ramos, Taís Araújo, Débora Nascimento, Paulo Betti, Andréia Horta, Letícia Colin, Antônia Pellegrino, entre outros.
O filme sobre a intelectual Heloísa Teixeira também reuniu diversas personalidades também no Estação NET Gávea, fomentando a sensação de que a sétima arte pulsa na cidade. O documentário é dirigido por Roberta Canuto e produzido por Clélia Bessa, amiga de longa data da protagonista. A obra e explora como a vida e a obra de Heloísa se entrelaçam com a história da cultura, da política e da sociedade brasileira, apresentando um retrato multifacetado de uma personagem que não só viveu, como foi protagonista nas disputas e contradições. Ela recebeu o carinho de familiares e amigos, numa noite mágica cheia de afetos. Por lá estiveram Pedro Buarque de Hollanda e Adriana Varejão, Antonio Buarque e seu pai André Buarque, Elisa Ventura e Armando Stronzenberg, Marília Carneiro, entre outros.
Outro filme muito aclamado em sua estreia no Estação NET Gávea, foi o documentário de Sérgio Machado, “3 obás de Xangô”, o longa mergulha na amizade e conexão cultural entre três grandes ícones brasileiros – o escritor Jorge Amado (1912-2001), o compositor Dorival Caymmi (1914-2008) e o pintor Carybé (1911-1997) e oferece um olhar poético sobre a construção de uma identidade baiana que transcende gerações. O diretor recebeu o prestígio de Gucci Fraga, Roberta Rodrigues, Jonathan Haagensen, Ana Maria Magalhães, Walter Salles, Hélio Pitanga, Solange Caribé, Paloma Amado, e outros.
E a história do encontro de duas mulheres extraordinárias: a brasileira Virgínia Bicudo (1910 – 2003) e a alemã Adelaide Koch (1896-1980) também marcou a noite de lançamentos no Festival do Rio, desta vez no Cine Odeon, Centro do Rio. Por lá, os diretores Jorge Furtado e Yasmin Thayná receberam o público na estreia do longa que contam com Sophie Charlotte e Gabriela Corrêa. A história real retrata Virgínia, uma mulher negra, que foi a primeira psicanalista brasileira. Adelaide, uma psicanalista judia, veio para o Brasil em fuga do regime nazista na Alemanha. Elas se conheceram em novembro de 1937, em São Paulo, no exato momento em que Getúlio Vargas decretava o Estado Novo. Médica e paciente por cinco anos, colegas e amigas pela vida inteira, são duas mulheres que enfrentaram o racismo e participaram ativamente da fundação da psicanálise no Brasil. Nomes como Camila Pitanga, Regina Casé, Estevão Ciavatta, Mariana Lima, Drica Moraes, entre outros desfilaram por lá.
Crédito das imagens: Cristina Granato, Rogerio Resende, e divulgação Festival do Rio
