Leonardo Stambowsky poderia muito bem, pelo sobrenome que ostenta, ter seguido os passos do tio, o cerimonialista Ricardo Stambowsky, e trabalhar no ramo de eventos. Acontece que o interesse pela medicina falou mais alto e ele viu na angiologia sua principal vocação. A dedicação a essa área da medicina levou-o à Sociedade Brasileira de Angiologia, da qual é hoje o diretor.
O inverno é a época do ano mais propícia ao tratamento de varizes, mal que, segundo estudos, acomete 38% da população brasileira. E não é à toa que as varizes são mais associadas às mulheres. Elas respondem por 45% desse percentual. O fato é que os tratamentos avançaram e os procedimentos não são mais como nos tempos das nossas avós.
– O que chamamos de flebotomia moderna busca estabelecer a origem do problema, para garantir um tratamento mais rápido, eficaz e com menores taxas de recidiva – explica o especialista, que chama atenção para os avanços tanto no diagnóstico quanto no tratamento: – Contamos hoje com a realidade aumentada, que é capaz de vislumbrar as veias nutridoras no subcutâneo, por exemplo.
Stambowsky faz questão de derrubar alguns mitos associados à formação de varizes. Um deles diz respeito, aliás, ao uso do salto alto:
– Não existe nenhum estudo que prove que o uso do salto prejudica a circulação. Saltos pequenos, de até 5 cm, tendem, inclusive, a ajudar no retorno venoso com a contração da panturrilha.