A Academia Brasileira de Cultura (ABC) está prestes a fazer História. A instituição terá, pela primeira vez, duas indígenas entre seus imortais. A ministra dos Povos Indígenas do governo Lula, Sonia Guajajara, e a secretária de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, a cacique Juma Xipaia, entrarão para a casa, onde ocuparão, respectivamente, as cadeiras de número 16 e 46.
A cerimônia de posse está marcada para o dia 14 deste mês, na sede da Fundação Cesgranrio, no Rio de Janeiro. A cadeira de número 16, que será ocupada pela ministra, tem como patrono Paulo Paulino Guajajara, assassinado em 2019 por atuar em defesa do povo de sua etnia.
Já a cadeira a ser ocupada por Juma Xipaia, tem sua motivação no ativista Marçal De Souza Tupã Y (1920-1983). Ele discursou ao Papa João Paulo II (1920-2005) em nome dos indígenas durante a visita do pontífice ao Brasil em 1980. Marçal também foi morto por defender os direitos dos povos originários, numa investigação jamais elucidada pela polícia.
Guajajara não será a única ministra de Estado na instituição. Responsável pela pasta da Cultura, a cantora Margareth Menezes, também ganhará o título de imortal. Ela vai ocupar a cadeira de número 28, cuja patronesse é Emilinha Borba (1923-2005), uma das intérpretes mais populares do Brasil da chamada Época de Ouro do Rádio.
Outras personalidades também vão tomar posse na cerimônia, como antecipado por NEW MAG. A atriz Glória Pires e as cantoras Liniker, Alcione e Daniela Mercury serão empossadas este mês.
Crédito da imagem: divulgação / Ministério dos Povos Indígenas