A carnavalesca Rosa Magalhães fez desfiles memoráveis no Carnaval carioca. Sete vezes campeã na Marquês de Sapucaí – a maior vencedora da era sambódromo – ela teve sua trajetória documentada no filme “Rosa – A narradora de outros Brasis”. A professora, como é conhecida no mundo do samba, falou sobre seus desfiles e sua carreira no teatro e na TV no documentário dirigido por Valmir Moratelli e Libário Nogueira. O longa vai ter sua primeira exibição no Festival de Cinema de Vassouras no dia 23 de junho. Além de falar sobre carnaval, o filme também aborda assuntos como machismo e etarismo.
– “Rosa” faz ponte com essas produções ao discutir o lugar do corpo feminino. Mas também o da mulher idosa que, apesar de sua vitalidade, bate no contrafluxo etarista da sociedade. O carnaval, como produto cultural, é reflexo do seu meio. A sociedade é etarista, prioriza jovens em detrimento dos mais velhos. O carnaval reflete isso. Lugar de idoso é em cima da última alegoria para não atrapalhar evolução. Nem baiana idosa se vê mais com facilidade – contou Valmir Moratelli.
Rosa, pela primeira vez em 39 carnavais, não fechou com nenhuma escola para 2024. O documentário mostra a preparação do seu último desfile à frente da Paraíso do Tuiuti este ano. A produção da Libas Criações apresenta ainda os olhares sobre a cultura e padrões estéticos que a artista inaugurou.