Talvez seja difícil mensurar, assim de cabeça, o que são 55 milhões de metros cúbicos de lama tóxica. A quantidade é suficiente para destruir um distrito inteiro, como Bento Rodrigues, em Mariana (MG). A localidade foi devastada após o rompimento da Barragem do Fundão, que matou 19 pessoas, deixou outras 600 desalojadas e ainda contaminou o Rio Doce, um dos mais importantes do país.
Marlon foi um que teve sua vida transformada por aquela que é a maior tragédia socioambiental do país. . Ele teve sua rotina acompanhada pelas cineastas paulistanas Aline Lata e Helena Wolfenson, e o resultado é “O lugar mais seguro do mundo”. O documentário foi selecionado para ser exibido no Vancouver Latin America Film Festival, no Canadá.
– Há no Brasil mais de 150 barragens de rejeitos de minério com risco de rompimento. Nós vemos esse processo como um caminho cheio da negligência das empresas e também do Governo, que foi permissivo e abrandou as punições – critica Helena Wolfenson.
Em sua estreia mundial, o filme conquistou o voto do júri como Melhor Filme Internacional no Prêmio Canon, no festival Doclisboa. O filme foi selecionado, ainda para o Festival de Biarritz, o FIDBA, o Festival de Firenze e pelo CineOP.