Clara Nunes (1942-1983) celebrizou-se como “Guerreira”, título do LP lançado por ela em 1978, e, de fato o foi – e em diferentes frentes. Com a boa vendagem do álbum “Alvorecer”, ela quebra, em 1974, um paradigma na indústria fonográfica: o de que só os cantores vendiam. Dona de um timbre que fez dela única, lançou clássicos e imortalizou outros tantos. O legado da artista é celebrado no ano em que se completam 40 anos da sua partida.
Clara tem sua história de vida cantada (e o verbo não poderia ser mais apropriado) no musical “Uma DeCLARAção de amor – 40 anos de saudade”, que cumpre temporada mui apropriadamente no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea, e teve, na noite da última segunda-feira (14) sessão para convidados.
Uma das mais emocionadas era a cantora Jane Duboc. A artista começou a trilhar sua carreira solo no início dos anos 1980 e teve seu nome projetado ao participar, em 1983, do LP “O grande circo místico”, com a trilha composta para o balé homônimo por Edu Lobo e Chico Buarque. O ano foi marcante para ela e para todos nós, brasileiros, pois foi quando Clara personificou outro de seus apelidos, o de Sabiá, e voou para o Além.
Crédito das fotos: Cristina Granato
