Fundada, em 1895, como uma estação provisória, a Estação Central recebia os materiais para a construção, e fazia o transporte de trabalhadores que erguiam a capital de Belo Horizonte, Minas Gerais. Em 1922, foi inaugurada a edificação atual em estilo neoclássico que substituiu a primeira estação. O prédio abriga, atualmente, o Museu de Artes e Ofícios e completa 100 anos. Em comemoração à data, a Orquestra Sesiminas realiza um concerto com obras de compositores brasileiros, que acontece no dia 27 de Outubro, no hall de entrada do museu.
Clássicos de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Carlos Gomes (1836-1896), Cláudio Santoro (1919-1989) e Edino Krieger foram escolhidos para o repertório. O maestro e diretor artístico da Orquestra Sesiminas, Felipe Magalhães, falou ao NewMag sobre a importância de trazer estes compositores para celebrar o centenário de um patrimônio histórico brasileiro.
– A escolha foi feita muito no sentido de que a gente considerou que fosse adequado à comemoração de um patrimônio, que é essa edificação, na Praça da Estação, pelo local onde ela está na cidade, muito representativo, e por abrigar também o Sesi Museu de Artes e Ofícios. E a música é, ao mesmo tempo, arte e ofício. A música brasileira teria de estar necessariamente presente em uma homenagem a um prédio tão importante para a nossa cultura, para a cultura brasileira.
Outro fato histórico importante é que, no passado, partiam da Estação Central, trens de longa distância que interligavam Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória e às demais grandes cidades do país. Além do Museu, o local também abriga o metrô de Belo Horizonte e o terminal de trens da Estrada de Ferro Vitória a Minas, em operação desde 1904.
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