No âmbito da música clássica, João Guilherme Ripper é referência como um dos nossos grandes compositores. Esse autor e regente completa 65 primaveras em agosto e vai celebrar o feito em grande estilo – e a expressão vem bem a calhar. Ele terá quatro de suas óperas encenadas este ano, sendo duas delas no Brasil e outras duas no exterior.
“Devoção” é a primeira da lista de inéditas a estrear. O espetáculo estreia nesta sexta (19), no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG), após pré-estreia em Congonhas, também em Minas. Já “Candinho” é inspirada em relatos de um dos nossos maiores pintores: Candido Portinari (1903-1962). A ópera fará sua estreia, em setembro, no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Por fim – e não menos importante – estará “La Vorágine”, inspirada pelo romance homônimo do colombiano José Eustasio Rivera (1888-1928). A encenação fará jus à memória do escritor e terá récitas, em dezembro, no Teatro Colón, em Bogotá, capital daquele país.
E não para por aqui. Ripper terá sua ópera “Domitila” encenada pela primeira vez em Madri, Espanha. As apresentações estão marcadas para setembro e vão corroborar um título conquistado pelo espetáculo em questão: o de ser a ópera brasileira mais encenada de todos os tempos.
Ripper chegará aos 65 mostrando que esse tal de etarismo não lhe pega. E que assim continue. Bravo!
Crédito da imagem: Renato Mangolin