Muitas são as afinidades entre o Humberto Effe e Gustavo Corsi. Além da paixão pela música (e em especial pelo rock), o cantor e compositor, fundador do Picassos Falsos, e o guitarrista têm em Marina Lima um ponto em comum. A cantora e compositora gravou Effe no álbum “Abrigo” e é acompanhada pela guitarra de Corsi há longos anos. Luiz Melodia (1951-2017) é outro ponto em comum. Mais exatamente um LP em especial: “Pérola negra”, que marca a estreia fonográfica do artista em 1973.
Esse álbum completa este ano cinco décadas de existência e levou os dois músicos a voltarem a homenagear o artista, como fizeram em 2019, antes de a pandemia virar o mundo pelo avesso. Eles apresentam o show “Viva Melodia” em diferentes palcos do Sesc pelo Rio de Janeiro. Neste sábado (04), a parada é no Sesc Duque de Caxias e, em dezembro, farão shows nas sedes de Nova Iguaçu, na Baixada, e no da Tijuca, Zona Norte da cidade.
–É um show com o qual continuamos brindando à carreira de Luiz Melodia num passeio acústico por canções de todos os seus discos – explica Effe que incluiu no repertório obras-primas como “Presente cotidiano” e “Juventude transviada”.
Sim, a roupagem dada às canções é acústica e não significa que estará amparada unicamente pelos violões. As apresentações contam o a percussão de Gui Rodrigues e, segundo Effe, tem por princípio celebrar a contemporaneidade de um artista único:
– Essa homenagem que faremos com voz, violões e percussão representa uma celebração musical e afetiva de uma obra rica, diversa e sempre contemporânea.