Ao longo dos anos, o médico e escritor Gilberto Schwarstmann adquiriu exemplares raros de grandes títulos da literatura universal. Isso fez dele um bibliófilo detentor de edições raras de clássicos como “A divina comédia”, de Dante, “Ulysses”, de James Joyce (1882-1941), e obras da nossa literatura como “Pauliceia desvairada”, primeiro livro de poemas de Mário de Andrade (1893-1945).
Essas preciosidades estão reunidas agora numa exposição no Rio de Janeiro. “Nova Babel (In)finita” foi aberta na tarde da última terça-feira (31), na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Centro da cidade. E a abertura foi prestigiada por alguns dos imortais como a atriz Fernanda Montenegro, os acadêmicos Celso Lafer e Zuenir Ventura, além do presidente da casa, o jornalista Merval Pereira.
O título da exposição vem do conto “A Biblioteca de Babel”, escrito nos anos 1940 pelo poeta argentino Jorge Luís Borges (1899-1986). O texto trata do pesadelo vivido por um indivíduo que descobre-se numa biblioteca infinita como o universo.
Finita ou não, uma biblioteca representa para muitos a concepção de Paraíso na Terra. Um lugar que pode, contrariando o alerta, ser apreciado sem moderação, tal e qual a mostra. Leitores entenderão.
Crédito das fotos: Cristina Lacerda