Na virada do antigo para o novo milênio, um livro causou alvoroço na comunidade LGBTQIA+ no Rio de Janeiro. O povo ligado à música já conhecia Luís Capucho, mas muitos rapazes que estavam saindo do armário conheceram o compositor por causa de seu livro de estreia. “Cinema Orly” (Interlúdio) narrava as aventuras do autor pelo cinema de mesmo nome, point de pegação de homossexuais masculinos na Cinelândia, Centro da cidade. O livro virou febre e, tempos depois, cult. E agora chega aos palcos 24 anos após seu lançamento.
Em “Cinema Orly”, a peça, Teo Pasquini vai viver no palco muitos dos episódios narrados no livro, levado à cena por Gustavo Colombini, responsável pela adaptação, e por Diogo Liberano, que assina a direção do que ele próprio chama de performance cênica. A montagem estreia nesta quinta-feira (05), no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, Zona Sul da cidade.
– Na performance, o Teo coloca em tensão desejos e morais, experiências de amor e sexo, mesclando biografias e ficções para celebrar a vida de um homem gay para além de qualquer norma que tentaria enquadrá-la – conceitua o diretor.
E não para por aí. Esgotado há tempos, o livro volta às livrarias este mês, em edição comemorativa, desta vez pela Carambaia e através da coleção Sete Chaves, voltada à literatura erótica.
Crédito da imagem: Thaís Grechi