Wanessa Camargo provou ter talento desde muito cedo. Filha de Zezé Di Camargo, a prova teve um peso ainda maior. Seus primeiros passos artísticos foram como bailarina nos shows do pai, admitida após testes rigorosos. A projeção como cantora deu-se em 1999, no programa de Hebe Camargo (1929-2012), a quem passa a chamar de madrinha. O sucesso foi tanto que, um ano depois, seu disco de estreia vendeu mais de 200 mil cópias. Nem tudo foi glamuroso na sua vida. O término de seu casamento com o empresário Marcus Buaiz, no ano passado, foi alvo de especulações nas redes sociais. A cantora refugiou-se, na sua arte. O resultado é “Livre”, que retrata os momentos recentes. Atualmente namorando o ator Dado Dolabella, ela lança o segundo ato do disco nas plataformas nesta sexta-feira (23). Em entrevista ao NEW MAG, Wanessa fala sobre o novo projeto, a parceria com Sandy – em cuja rivalidade coloca uma pá de cal – e sobre a possibilidade de seguir carreira internacional.
Nesta sexta-feira (23) você lança o segundo ato do seu projeto “Livre”. Qual foi sua inspiração para essa nova etapa?
A inspiração para o álbum inteiro foi o que estava vivendo. O primeiro ato foi o começo dessa história. Eu vivia um processo mais interno, puxando meu inconsciente para o meu consciente. Já o segundo ato é focado na ação. Busquei uma sonoridade mais urbana, ativa, empoderada e agitada por ser o momento em que estou. Apesar de também ter momentos mais sensíveis, uma vez que as decisões tomadas foram muito importantes e difíceis. É essa identificação que procurei: sair do processo interno para a atitude que precisava ser tomada.
O processo criativo do seu novo álbum deu-se em um período de muitos comentários a respeito da sua vida pessoal. Esse momento de criação para você foi terapêutico?
Todo processo de criação é um processo terapêutico maravilhoso que se torna uma forma de expressão linda. Compor música que vem do coração é algo divino de se fazer. É bem diferente de compor aleatoriamente, querendo fazer uma música de qualquer forma porque vai dar certo. Meu processo de composição sempre vem de dentro, das emoções, de coisas que eu vivi.
Você é filha de artista. Acha que seus filhos podem seguir a carreira da mãe e do avô e se tornarem cantores também?
É muito difícil falar isso agora porque são crianças e estão descobrindo as possibilidades do mundo. Eles estão naquela fase de “quero ser jogador de futebol”, muitas crianças passam por isso (risos). O João quer ser bombeiro, o José que trabalhar com games e futebol. Eles não falam nada sobre querer seguir carreira na música.
Recentemente você cantou com Sandy no “Domingão com Huck”. A apresentação fez um enorme sucesso. Será que pode pintar uma nova parceria entre vocês?
Foi muito especial estar com a Sandy no programa, foi a primeira vez que cantamos juntas na televisão. Ela está promovendo o DVD no qual tive o prazer de participar, na música “Leve”. Nós duas entendemos que sempre vai ser uma parceria incrível estarmos juntas. Pode pintar sim, mas ainda não tem nada definido, nada arranjado.
Você dublou a personagem Ash na animação “Sing” e também já participou de outras produções como atriz. Pretende fazer mais trabalhos no cinema e na TV?
Amei dublar a Ash e fazer dublagem. Me diverti, gostei muito e não descarto a possibilidade. É algo que eu quero fazer de novo. Só não foquei nisso ainda por conta do álbum novo e da turnê. Tomara que pintem novas oportunidades para atuar, apresentar programas. Estou superaberta para esses projetos.
Cantoras como Anitta estão buscando o mercado internacional. Você também pensa em seguir carreira no exterior, ainda mais agora que o Grammy Latino está no seu radar?
Agora não tenho foco em carreira internacional. Estou retomando minha agenda de shows no Brasil depois da pausa por conta da pandemia. É muito importante para mim focar aqui neste momento. Num segundo momento, quem sabe, posso pensar na carreira lá fora. Por enquanto é Brasil.
