‘Aprender é parte essencial da vida’

fevereiro 21, 2024

Paul Dano, astro de "A pequena miss Sun Shine", fala com Rodrigo Fonseca sobre seu novo filme lançado em Berlim

*por Rodrigo Fonseca

Em cartaz nas bancas, livrarias e gibiterias do Brasil com a HQ “Charada – Ano Um”, que escreveu com base no vilão mais enigmático de Gotham City, Paul Dano teve a chance de roubar os holofotes de Adam Sandler duas vezes, nesta quarta, no 74. Festival de Berlim. O primeiro drible do ator e diretor no astro de “Como se fosse a primeira vez” (2004) foi nas telas, emprestando sua voz a uma aranha gigante em “O astronauta” (no original, “Spaceman”). É uma produção Netflix, que estreia no Brasil no dia 1º de março e teve sua estreia no Festival de Berlim fora de concurso. Sandler é o cosmonauta do título, e o aracnídeo interpretado por Dano é seu guia espiritual numa jornada pelas estrelas.

– Ainda estava na escola quando comecei a ver os filmes de Sandler – disse o astro de 39 anos, que viveu o Charada em “Batman”, um dos maiores êxitos de bilheteria de 2022. Ele voltou a dar um olé no colega, a quem admira na coletiva de “O astronauta”, cujo roteiro é baseado no romance “Spaceman of Bohemia”, de Jaroslav Kalfar. Seu destaque veio pela força de suas reflexões, ao falar de seu personagem.

– Aprender é parte essencial da vida, e a aranha ajuda o personagem de Adam a se entender – filosofou o astro. Na trama, Sandler põe seus clichês e suas potências em xeque ao viver Jakub Procházka, que vem de uma família de criadores de porcos da República Tcheca, e virou um herói para a Ciência em seu país, ao se tornar um explorador do espaço.

Em meio a uma missão nas estrelas para estudar uma nuvem radioativa, ele entra em parafuso pela culpa que sente de ter deixado sua mulher, Lenka (Carey Mulligan), na Terra. À sombra do isolamento, numa exasperante sensação de desterro, ele passa a ver uma criatura em sua nave, uma aranha gigante (com a voz de Paul Dano), que funciona como o Grilo Falante de Pinóquio: o bicho dá a Jakub a medida moral de suas escolhas.

– Gosto muito de festivais de cinema, pois foi num deles, o de Cannes, que eu pude descobrir uma série de filmes com os quais não teria contato – declarou o ator à NEW MAG, num papo na Croisette, onde lançou “Vida selvagem” (2018), seu exercício de estreia como cineasta. A Berlinale 2024 termina neste domingo (25).

*especial para o NEW MAG

 

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