A uma Rosa, com amor

fevereiro 8, 2025

Ana Rosa, dama da TV, terá sua vida narrada em livro que abordará sua origem circense e como o espiritismo a ajudou a enfrentar a perda de dois de seus filhos

Ana Rosa tinha apenas 15 dias de vida quando fez sua estreia no palco. Foi numa peça apresentada no circo onde sua família trabalhava, e a cena precisava justamente de um bebê recém-nascido. A ocasião foi o prenúncio da atriz que ela se tornaria – e que na TV, onde chegou em 1964, deixaria  sua marca em novelas como “Brega e chique”, “O dono do mundo” e “O Rei do Gado”, entre muitas, muitas outras.

A vida da artista será contada num livro que coroa os 80 anos completados por ela em 2022. Com o título provisório de “Eu, Ana, e minha alma cigana”, a edição sairá pela Letramento e está sendo preparada pelo escritor e dramaturgo Cacau Hygino. O plano é o de o lançamento acontecer no dia 18 de junho, quando a atriz completa 83 anos.

– Ela estreou muito nova no circo, e a família viajava sem papar, de três em três meses. Foi ali onde ela aprendeu dança espanhola e a fazer números de acrobacia e malabarismo.  E foi no circo onde ela conheceu o Dedé – antecipa Cacau, cuja obra será seu 12º livro.

O Dedé em questão é Dedé Santana. Ana Rosa e o eterno Trapalhão viriam a casar-se e, com ele, a atriz teve seu primeiro filho, Maurício, que veio a falecer ainda bebê  em decorrência de uma leucemia.

A dor pela perda do menino foi confortada por um livro, dado a ela pelo diretor Augusto César Vanucci (1934-1992). O autor em questão era Allan Kardec (1804-1869), e a leitura levou-a a abraçar por completo a doutrina espírita que, anos mais tarde, levou-a a suportar  outra perda brutal: a da filha Ana Luiza, aos 19 anos, vítima de um atropelamento no Aterro do Flamengo.

– Foram momentos muitos complicados na vida dela, que viria ainda a perder o marido, Guilherme Corrêa, vítima de um enfarto. Com a perda do primeiro filho, a Ana ficou desacreditada de tudo, e quem a levou ao lado espiritual foi o Vanucci. Ele a ajudou muito  – revela Cacau.

As entrevistas com a atriz foram realizadas ao longo de 2024, e o autor está mergulhado agora na transcrição das conversas e na elaboração dos capítulos. A ideia é a de fazer um apanhado da vida da personagem desde sua estreia no circo até os trabalhos mais recentes na TV.

– Ela é uma atriz que fez muita televisão, e o passado dela no circo foi ficando distante, mas vou falar de todos os trabalhos dela e da vida dela  – arremata o escritor.

Ana Rosa merece – e muito.

Créditos: Christovam de Chevalier (texto) e divulgação (foto)

 

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