Marjorie Estiano consolidou-se como uma das grandes atrizes da sua geração. O sucesso veio em 2004, com Natasha, sua personagem em “Malhação”. Ali, ela começava a colher os frutos da decisão que levou-a a trocar Curitiba por São Paulo, onde, aos 18 anos, fez teatro e estrelou comerciais de TV. Em 2003, ingressou na Oficina de Atores da TV Globo, iniciando uma trajetória vitoriosa na telinha. Como atriz, destacou-se em novelas como “Duas caras”, “A vida da gente” e “Império”, sempre conciliando a interpretação com a música (sim, ela já lançou três álbuns). A consagração veio com a Dra. Carolina de “Sob pressão”, que rendeu-lhe indicação ao Emmy Internacional, o Oscar da televisão mundial. Em entrevista ao NEW MAG, ela fala que foi mordida pela mosca azul do cinema, dos desafios enfrentados nas séries “Sob pressão” e“Fim” e é categórica (amém!) sobre um provável comeback da Vagabanda.
Você tem se dedicado bastante ao cinema. Quais os projetos com os quais está envolvida?
Tenho alguns filmes a serem lançados. “O abraço de mãe” (filme de terror de Cristian Ponce), “Precisamos falar sobre nossos filhos” (de Pedro Waddington e Rebeca Diniz) e “Ainda estou aqui” (de Walter Salles). Todos eles ainda não têm data de lançamento por enquanto.
Nos últimos anos você se dedicou a viver a Dra. Carolina em “Sob pressão”. A série aproximou você da realidade dos hospitais públicos no Brasil?
Me aproximou sim, sem dúvida. A saúde é um serviço político e público muito delicado e muito importante para o Brasil. Foi a primeira vez que o funcionamento de um hospital público pôde ser visto em uma série e não em um telejornal.
Como foi encarar a Ruth da série “Fim”, uma personagem que atravessa diferentes épocas na medida em que envelhece?
Foi um desafio, um trabalho bastante laborioso. Vivo quatro décadas de uma mulher que não pertencia diretamente ao meu tempo. Até tinha uma lembrança de viver na infância uma faixa daquilo que se passou, um pouco sobre a minha mãe, as mulheres que conheci e que eram mais velhas. No entanto, era uma memória infantil minha. Foi uma experiência de poder mudar de papel na minha vida.
Sua última novela foi “Império”, exibida há quase dez anos. Você sente vontade de retornar ao formato ou pretende seguir em projetos mais curtos?
Não tenho nenhuma restrição ou preferência. Minha relação com os projetos tem a ver com as pessoas envolvidas e com a personagem.
Diversas bandas como os Titãs, que fizeram shows em sua formação original, e o RBD retornaram para turnês comemorativas. Muitos fãs comentaram nas redes sociais sobre um comeback da Vagabanda. Se fosse convidada, faria uma turnê com o grupo?
De jeito nenhum! Essa é uma memória maravilhosa de uma experiência que tive. Respeito muito o efeito e me impressiono com a lembrança até hoje. É muito bonito. Só compreendo esse impacto mesmo porque ela dura e continua sendo muito presente na vida das pessoas.
E você pretende retornar a carreira musical?
É uma relação de muito afeto e de muitos conflitos. Para voltar, teria que ser com alguma proposta que fizesse sentido.
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