Intérprete de papéis marcantes nas telas, Antonio Calloni encara um personagem que tem tudo para dar o que falar no cinema. Na comédia romântica “Minha família perfeita”, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (08), ele vive um gay enrustido e ainda “no armário”. Em conversa com NEW MAG, o ator fala da importância de respeitar as diferenças e aplaude artistas que se assumem de forma corajosa.
– A gente tem que conviver com todas as etnias, religiões e sexualidades. É muito bom ver atores como o Jesuíta Barbosa expressando o seu amor e carinho nas redes sociais. O Lulu Santos, que agora tá como técnico do The Voice, é outro exemplo. Foi lindo quando ele apresentou o namorado dele. Acho que a gente tem que aprender a conviver com as diferenças. Sair do armário ainda é uma postura política e é visto como uma ideia de aceitação. Acho que, com o tempo, vamos chegar lá e isso não será mais preciso. Apesar dessa onda conservadora, nós precisamos normalizar e aceitar – afirma Calloni.
Além de atuar, Calloni também dedica um tempo à poesia. Sua coletânea mais recente, “Filho da noite”, saiu em 2020 e, pelo jeito, o ator não ficará muito tempo sem publicar:
– Escrever para mim é um exercício de primeira qualidade. Já tenho material para um livro que vai se chamar “O menino depois”. Nele, vou falar da minha infância e incluir alguns poemas meus. Graças a Deus, tive a oportunidade de ter um padrinho que foi o Manoel de Barros. A escrita é um exercício que faço com muito prazer e estou escrevendo com calma e não tenho previsão de quando esse livro será lançado. Acho que vai levar para lá de dois anos.