Era o ano de 1959 quando uma jovem cantora de 19 anos colocou a garotada para dançar ao som de “Estúpido cupido”. A jovem em questão era Celly Campello (1941-2003), nome artístico de Célia Campello Gomes Chacon que, certamente sem sequer imaginar, entraria para a História como a primeira mulher a cantar rock no Brasil – influenciando nomes como Rita Lee e Wanderléa. E foi tocando e cantando “Estúpido cupido” ao piano que, mais de 50 anos depois, a atriz carioca Marianna Alexandre – TikToker com mais de 6 milhões de seguidores –levou o papel de Celly em “Um broto legal”, cinebiografia da artista que chega às salas de cinema nesta quinta-feira (16), com distribuição da Pandora.
O filme, dirigido por Luiz Alberto Pereira e roteirizado por ele em parceria com Dimas de Oliveira Jr, tem por propósito marcar os 80 anos que Celly completaria em 2021. As filmagens começaram em 2019, e a estreia precisou ser adiada em razão da pandemia.
O papel de Celly marca a primeira protagonista de Marianna nas telas. Apesar da pouca idade, ela já conhecia parte do repertório da cantora por influência dos pais.
– Meus pais colocavam músicas da Jovem Guarda para eu e minha irmã escutarmos. Crescemos ouvindo ‘Estúpido Cupido’ na sala de casa, dançando por horas – relembra a atriz, que não hesitou à proposta de aderir ao corte de cabelo pixie, característico do período.
Tamanho envolvimento levou-a compor, inclusive, uma música para o filme, executada em uma das cenas.
– Posso dizer que, com certeza, foi uma responsabilidade imensa interpretar Celly, uma artista excepcional, cantora que é tão importante e querida pelo Brasil – reconhece Marianna, consciente de que o esforço valeu: – Poder protagonizar essa história, em todas as fases do longa-metragem, foi uma experiência enriquecedora, tanto como atriz quanto como fã.
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