Brilho fulgurante

junho 2, 2022

Jalusa Barcellos lança biografia de Bibi Ferreira na Fundação Cesgranrio, na noite em que a atriz faria 100 anos

A atriz e jornalista Jalusa Barcellos teve o privilégio de privar da amizade de Bibi Ferreira (1922-2019). Numa das visitas à atriz, ouviu o pedido para escrever a biografia da amiga. “Uma biografia afetiva”, salientou a atriz. E, a partir daquele encontro, começou a ganhar vida “Bibi Ferreira, a saga de uma diva – Uma biografia afetiva”, editado em parceria pela Fundação Cesgranrio e a Batel. E a noite de autógrafos, na sede da instituição, não poderia ter sido em data mais propícia: o aniversário de Bibi, ocasião em que, na última quarta-feira (dia 1º de junho), a saudosa atriz e diretora teria completado 100 anos.

A noite foi emocionante sob muitos aspectos. A começar pela alegria de Jalusa ao avistar, na longa fila para os autógrafos, amigos de toda uma vida. Nas dedicatórias, se despedia com “Beijo gordo”, uma de suas marcas.

Num dado momento, todos foram convidados a se dirigir ao Teatro Cesgranrio, onde ocorreram homenagens à Bibi. Visivelmente emocionado, o professor Carlos Alberto Serpa, presidente da Fundação Cesgranrio, lembrou a ocasião em que visitou Bibi no apartamento onde ela morou, na Praia do Flamengo. Na ocasião, ela estava em cartaz com  o espetáculo no qual personificou Edith Piaf, considerado um marco na trajetória da atriz e diretora.

Em seguida, um pano de fundo foi içado, revelando as presenças de Stella Maria Rodrigues, Izabella Bicalho e Claudia Neto, que viveram personagens marcantes na carreira de Bibi: Dulcinéia, Joana e Piaf, respectivamente.

E não se fizeram de rogadas. Cada uma interpretou lindamente temas dos respectivos musicais, sendo dois deles de Chico Buarque. Stella foi a primeira, cantando “Sonho impossível” (do musical “O homem de La Mancha”, 1974), seguida por Bicalho, que atacou de “Basta um dia” (de “Gota d’água”, 1975) e, por fim, “Non, je ne regrette rien” (de “Piaf”), na voz de Claudia Neto.

E os autógrafos foram retomados em seguida, mas algo havia de diferente no ar: a emoção por homenagearem – mui merecidamente – um nome que deixou na cena artística brasileira uma marca única. Esse nome é o de Abigail Izquierdo Ferreira. Ou, simplesmente, Bibi Ferreira.

Crédito das imagens: Claudio Nogueira

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