Caio Fernando Abreu (1948-1996) é hoje um dos mais populares escritores brasileiros. Prova disso é a forte presença nas redes sociais de trechos de seus textos, publicados majoritariamente como contos. Dos 11 títulos publicados pelo autor ao longo da vida, apenas dois são romances. São eles “Limite branco” (1971), que marca sua estreia na literatura, e o policial (e excelente) “Onde andará Dulce Veiga?” (1990).
Pois “Limite branco” volta às livrarias em maio, agora editado pela Cia das Letras, mesma casa que publicou, em idos dos anos 1990, cinco das obras do escritor gaúcho: as coletâneas de contos “Morangos mofados”, “Os dragões não conhecem o Paraíso”, “Pedras de Calcutá”, “Estranhos estrangeiros” e o supracidado ‘Dulce Veiga”.
“Limite branco” foi escrito quando Caio F tinha 19 anos somente e foi publicado originalmente no início dos anos 1970. A trama trata dos anseios e temores de Maurício, um jovem sulista que atravessa a transição da adolescência à fase adulta. O romance chegou a ser relançado em 2014 pela Nova Fronteira, que reeditou recentemente a obra do escritor, e volta ao mercado agora pela Cia das Letras.
O prefácio da nova edição é assinado pela escritora Natalia Borges Polesso, doutora em Teoria Literária, que destaca “um limite branco, que uma pessoa cruza para amadurecer, no qual as emoções se borram e se sobrepõem e não se tem muito uma ideia de onde começa um sentimento e o outro termina.”
