Em um mundo onde o tempo voa entre múltiplas conexões e a produtividade intensa, as pausas e respiros vão se tornando cada vez mais preciosos. Esta é a base filosófica da exposição coletiva “Inatividade contemplativa”, aberta na última quarta-feira (29), na Anita Schwartz Galeria de Arte, no Rio de Janeiro.
A curadoria é de Cecília Fortes, e as obras são assinadas por Claudia Jaguaribe, Gabriela Machado, Fernando Lindote, Lenora de Barros, Maria Baigur, Maritza Caneca, Rosana Palazyan e Thiago Rocha Pitta.
São painéis, fotografias, esculturas, entre outras plataformas que representam, por exemplo, elementos da natureza. Além dos artistas, outros nomes das artes compareceram à abertura, como Vanda Klabin, Renata Salgado, Esther Bonder e Dudu Garcia.
A inspiração vem do livro “Vita contemplativa: ou sobre a inatividade”, do filósofo sul-coreano radicado na Alemanha, Byung-Chul Han.
— Han pondera sobre a importância da inatividade para o ser humano e argumenta que onde impera apenas o esquema de estímulo e reação, problema e solução, objetivo e ação, a vida se reduz à sobrevivência. Se perdemos a capacidade para a inatividade, nos igualamos a uma máquina. Sem o repouso, o ser humano se esvai de vitalidade e perde o divino — explica Cecília Fortes.
Crédito das imagens: Cristina Granato