Quando se trata de consideração aos fãs, vale abrir mão da pontualidade britânica. Paul McCartney atrasou em meia hora o início do primeiro dos três shows da turnê Got Back que o astro voltou a apresentar no Brasil na noite da última terça (15), em São Paulo.. E o pedido partiu do próprio artista em razão do trânsito intenso no entorno do Allianz Park. – Quero começar quando o público tiver entrado – pediu o eterno Beatle à produção. E, assim, o show teve início às 20h30, sem um minuto a mais.
Às 14h30, o artista chegou ao local da apresentação para a passagem de som, à qual 80 pagantes puderam ter acesso. E chegou de boa, sem essa de carro blindado. Finda a passagem, uma hora depois, o cantor recolheu-se ao camarim e lá permaneceu até o início da apresentação.
Paul viaja com seu chef particular e, em cada praça por onde passa a turnê, um profissional brasileiro é incorporado à equipe. Uma das poucas exigências do artista é a de que o mobiliário do camarim não tenha couro ou mesmo outra estampa que emule peles de animais. O mobiliário deve ter tons neutros sem nenhuma peça na cor branca. Nas paredes, obras de artistas locais.
Num ponto o cantor de 82 anos assemelha-se ao nosso Roberto Carlos. Paul é fidelíssimo aos profissionais que o cercam. O chefe de sua segurança é o mesmo desde sua primeira vinda ao Brasil em 1990, quando realizou histórico show no Maracanã, no Rio de Janeiro. Prova disso está também na presença do tecladista Paul Wickens, que o acompanhou também naquela mítica apresentação.
Um fato chamou atenção de uma pessoa da equipe ouvida por New Mag: o cantor levou ao palco uma garrafa d´água sem, contudo, fazer uso dela em momento nenhum da apresentação. Cumprida a missão, aí sim, o astro hidratou-se. Merecidamente, aliás. Assim é Paul McCartney. God save the king.